Com os casais passando mais tempo juntos e em casa, especula-se se este período de confinamento devido ao covid-19 será responsável por gerar milhares de bebês 9 meses após a quarentena.
No passado, epidemias como a Peste Negra e a Gripe Espanhola, foram sucedidas por um rápido crescimento da taxa de natalidade. Após essas epidemias que resultaram em várias mortes, a fecundidade cresceu com casais buscando recompor o número de filhos nas famílias.
A CPO da behup, Carolina Dantas acredita que não será o caso agora com o coronavírus:
“Acho pouco provável que tenhamos um Baby Boom. As forças para redução da natalidade devem superar os casais mais animados na quarentena tanto no curto (daqui a 9 meses) como no médio prazo.” afirma.

Um estudo feito pela IFS (Institute for Family Studies) dos EUA, aponta fatores de curto e médio prazo sobre o tema: alguns a favor de um baby boom, e outros contra (levando em consideração períodos de desastres naturais, fome e epidemias, mas em geral, nada que aconteça 9 meses após a crise).
Entre os “contras” levantados, existem os próprios medos e preocupações desse período (que desanima qualquer casal apaixonado), e também o fator multitela e streamings como o Netflix, que não existiam em epidemias anteriores, e acabam sendo novas distrações.
Também podemos apontar como fatores negativos a um possível baby boom a evolução dos métodos contraceptivos e da própria tendência de redução da taxa de fecundidade no país e no mundo.

Além disso, um estudo realizado pela própria behup aponta que 45,2% das pessoas acreditam que eles ou alguém da família pode perder o emprego no próximo mês (o que não é um cenário muito bom para se ter filhos). Como devemos enfrentar uma crise econômica mundial profunda, essa deverá ser a maior força predominante puxando para baixo as taxas de natalidade.
Ou seja, nada de baby boom pós coronavírus.